Professores ficam revoltados com vereador que manobrou pelo fim da greve
A greve dos professores da Prefeitura de João Pessoa acabou, mas a encrenca continua, e sobrou para o vereador Benilton Lucena (PT), que passou a ser hostilizado pela categoria (ele também é docente), por ter comemorado o fim da paralisação. Benilton chegou, inclusive, a votar contra uma sessão especial para debater a greve na Câmara.
“Parabéns, vereador Benilton Lucena (PT) e companhia (os trabalhadores em educação dos municípios sabem quem são, nem preciso citar nomes), por terem utilizado “toda sua energia” contra os trabalhadores”, diz a nota de uma professora (Aúrea Augusta), indignada com a posição do vereador, e que recebeu vários comentários críticos ao parlamentar.
Confira a postagem na íntegra:
“Ainda consigo me surpreender com tamanho desrespeito a inteligência dos trabalhadores em educação e da sociedade em geral que acompanhou a greve dos trabalhadores em educação de João Pessoa.
O mesmo vereador (Benilton Lucena – PT) que também é professor e ainda por cima, é diretor do SINTEM, que votou e mobilizou a bancada governista para votar contra a abertura de uma sessão especial na câmara para debater a educação do município com os trabalhadores presentes na ocasião, agora vem ao jornal, em matéria provavelmente paga, e paga com o nosso dinheiro, comemorar negociação.
Mas, de fato, o lado que ele defende (o do prefeito, isso ficou bastante evidente nas atitudes dele durante a greve) tem muito o que comemorar mesmo, as estratégias utilizadas por eles de perseguição, judicialização da greve, desrespeito e desvalorização dos trabalhadores deram certo.
Parabéns vereador Benilton Lucena (PT) e companhia (os trabalhadores em educação do municípios sabem quem são, nem preciso citar nomes), por terem utilizado “toda sua energia” contra os trabalhadores (inclusive não se esqueçam que são também trabalhadores, ou que foram um dia, pelas atitudes, desconfio até que vocês nem se considerem mais trabalhadores, quem sabem se achem “melhores” que nós, trabalhadores), ficando declaradamente, escancaradamente, ao lado do patrão/dos interesses do prefeito.”