Promessa é dívida: o governador ainda pretende levar “Jampa Digital” pra todo Estado?

A campanha de 2010 foi marcada por um festival de promessas do então candidato Ricardo Coutinho, (como resolver a questão da insegurança em seis meses entre outras) que obviamente tinham um caráter apenas eleitoreiro. Uma das mais interessantes foi a promessa de levar Internet de graça para todo Estado. Em seu guia, ele afirmava ter implantado, via Jampa Digital, Internet de graça em 23 estações digitais em João Pessoa.

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A campanha de 2010 foi marcada por um festival de promessas do então candidato Ricardo Coutinho, (como resolver a questão da insegurança em seis meses entre outras) que obviamente tinham um caráter apenas eleitoreiro. Uma das mais interessantes foi a promessa de levar Internet de graça para todo Estado. Em seu guia, ele afirmava ter implantado, via Jampa Digital, Internet de graça em 23 estações digitais em João Pessoa.

A licitação do programa, como se sabe, foi considerada fraudulenta pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Ministério Público Federal. Mas, antes do escândalo explodir nacionalmente (http://bit.ly/1c8dFxk), Ricardo Coutinho chegou a prometer, em seu guia eleitoral de 18 de agosto de 2010 (produzido pelo publicitário Duda Mendonça, que depois seria indiciado por lavagem de dinheiro), levar o programa para todo o Estado.

É bastante conferir nas imagens do seu programa em https://www.youtube.com/watch?v=geG5cLsmgJA, a partir do 3º minuto (de um total de seis). Lá é possível relembrar os bordões de suas “realizações” como prefeito de João Pessoa, em que destaca o programa de Internet grátis, enfatizando: “Foi Ricardo que fez. É Ricardo que sabe fazer. Vai fazer em todo Estado o que fez em João Pessoa.”

Mas, passados quatro anos e meio, a promessa ficou apenas no guia eleitoral, e no rescaldo do escândalo Jampa Digital, no qual foram indiciadas 23 pessoas (http://glo.bo/1c8dXEl). Lançado em fevereiro de 2010, o Jampa Digital prometia Internet de graça em toda João Pessoa. Mas, nunca funcionou de verdade, o que levantou suspeitas sobre o destino dos R$ 6,25 milhões repassados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

Envolvimento – Quando o escândalo tornou-se nacional, o procurador-regional da República, Domingos Sávio Tenório de Amorim, solicitou a remessa dos autos ao Supremo e utilizou termos muito duros com o governador Ricardo Coutinho: “Como se percebe dos autos, o Sr. Ricardo Coutinho era o prefeito municipal da época, do mesmo modo como terminou como o grande beneficiário da maior parte dos recursos desviados, utilizados que foram na sua vitoriosa campanha ao cargo de governador do Estado da Paraíba.”