Promotora aciona Trauma na Justiça por falta de macas após morte de paciente
Eis que, finalmente, o Ministério Público decidiu agir com relação às constantes retenções de macas pelo Hospital de Trauma, administrado pela Cruz Vermelha gaúcha. A promotora Maria das Graças Azevedo (Saúde) resolveu impetrar uma Ação Civil Pública de Obrigação de Não Fazer contra a direção do Hospital e a Secretaria de Saúde do Estado.
Segundo a promotora, a ação visa impedir que o Hospital continue retendo as macas do Samu. Ela considera a retenção “um verdadeiro abuso e é preciso que se tome as providências”, lembrando que o Hospital e o Governo do Estado vem descumprindo um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), para que as macas não ficassem retidas mais do que 30 minutos, “o que não vem acontecendo”.
Ainda segundo a promotora, “esgotamos todos os meios de tolerância, no sentido que nossos gestores se comprometessem”, alertando que houve desobediência pública no descumprimento de acordo da TAC, apesar de o secretario Waldson de Sousa (Saúde) ter se negando a assinar o último desses termos. E lamentou que tenha, inclusive, ocorrido uma morte, quando um paciente, que deveria ter sido transportado numa ambulância, teve que ser levado num carro da polícia por falta de macas.
A direção do Trauma negou que o paciente tenha vindo a óbito por falta de macas.