PROPINODUTO NA CALVÁRIO Justiça atende pedido e adia julgamento da ação contra Gilberto, Livânia, Laura e Coriolano
Não foi desta vez que a Justiça iniciará o julgamento da primeira ação remanescente da Calvário, derivada do escândalo conhecido como Propinoduto, que envolveu nove réus, resultado de denúncia do Gaeco.
A audiência estava marcada para esta quarta (dia 3), mas o juízo da 4ª Vara Criminal decidiu adiar, atendendo recurso apresentado por uma das rés, Laura Farias, com parecer do Ministério Público. Não há ainda uma data definida para a realização da nova audiência.
Pra entender – O caso vem de junho de 2011, quando, durante uma blitz, policiais detiveram um veículo conduzido por um servidor do Estado, conduzindo uma mala com dinheiro.
Dentro da mala foram encontrados, além de R$ 81 mil em dinheiro, bilhetes sinalizando a divisão do butim com os ex-secretários Gilberto Carneiro, Livânia Farias e Laura Farias, além de Coriolano Coutinho.
O caso tinha caído no esquecimento, após misterioso sumiço do inquérito policial, mas em 2019, durante uma delação, a ex-secretária Livânia Farias, não apenas confirmou o escândalo, como revelou detalhes, o que levou o Gaeco a inserir o caso no âmbito da Calvário.
Conforme a delação e as investigações, o dinheiro tinha sido sacado numa agência do Banco do Brasil, em Recife. Junto, os policiais encontraram um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00. Somando, totalizava precisamente… R$ 81 mil.
Conforme documento protocolado pelo Fórum dos Servidores da Paraíba junto ao Ministério Público, o “G” seria de Gilberto Carneiro (procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra. Laura (Farias), então superintendente da Sudema.