PROTESTOS EM CUBA Lula acusa EUA de fomentarem atos e Bolsonaro diz que os cubanos tomaram “borrachadas” por pedir liberdade
Os recentes protestos em Cuba, do último final de semana, serviram de combustível para alimentar a fogueira, em temperatura cada vez mais elevada, da disputa entre Bolsonaro e Lula. Os protestos, como se sabe, ocorreram em várias cidades da ilha, com a população pedindo “liberdade”, além de cobrar comida e medicamentos, que estariam em falta para os cubanos.
No Brasil, Lula comentou em redes sociais, repercutindo declarações do presidente Miguel Diaz-Canel, que acusou mercenários cubanos pagos pelos Estados Unidos para tentar desestabilizar seu governo: “O que está acontecendo em Cuba de tão especial pra falarem tanto?! Houve uma passeata. Inclusive vi o presidente de Cuba na passeata, conversando com as pessoas.”
E ainda: “Cuba já sofre 60 anos de bloqueio econômico dos Estados Unidos, ainda mais com a pandemia, é desumano. Se Cuba não tivesse um bloqueio, poderia ser uma Holanda. Tem um povo intelectualmente preparado, altamente educado.”
Já o presidente Bolsonaro afirmou, num encontro com apoiadores: “Os manifestantes foram pedir liberdade. Sabe o que tiveram ontem? Borrachada, pancada e prisão. E tem gente aqui no Brasil que apoia Cuba, que apoia Venezuela. Gente que foi várias vezes para Cuba tomar champanhe com (Fidel) Castro, foi para a Venezuela tomar uísque com o (Nicolás) Maduro.
E ainda: “E tem gente aqui que apoia esse tipo de gente, é sinal de que querem viver como os venezuelanos, como os cubanos.” E questionou, por fim: “Eu apoio o movimento que pede liberdade lá em Cuba. O que o Lula acha disso? Qual será nosso futuro se esse bandido for eleito presidente da República?”