PT recua quanto a Efraim e Veneziano na chapa de Azevedo: “Partido não será empecilho para alianças”
Pelo que se comenta nos bastidores, a “orientação veio de cima”. O fato é que a direção estadual do PT decidiu, sob os auspícios do feriado de Corpus Christi, rever sua posição anterior de vetar a participação de partidos que votaram no impeachment de Dilma, na chapa de João Azevedo. “O PT não será empecilho para as alianças construídas nesta composição.”
Com orientação de cima ou não, o fato é que, sob o ponto de vista do PSB, este foi um avanço notável, diante da sinalização do partido nas últimas semanas, que vinha rejeitando apoiar a chapa com a participação de Veneziano Vital (ao Senado) e Efraim Morais (candidato a vice-governador). Mas, o partido tem uma condição: participação na chapa majoritária.
Diz a nota do partido que “a Paraíba foi um dos estados que mais se desenvolveu na última década, fruto das políticas de desenvolvimento regional dos governos do PT (que fortaleceram o Nordeste) e dos avanços promovidos pelo governo do estado nos últimos anos. Sem desconhecer esta ou aquela crítica pontual feita ao longo destes anos, é preciso reconhecer que a Paraíba tem se constituído num bastião de luta contra o atraso e num laboratório de políticas desenvolvimentistas.”
E ainda: “Este projeto tem que continuar. Por isso, defendemos que o PT cerre fileiras em torno da manutenção deste projeto, pois este representa a continuidade dos avanços conquistados na Paraíba ao longo dos últimos anos e a vitória de seus adversários significaria um retrocesso já experimentado que não podemos aceitar.”
E, por fim: “Queremos afirmar também que o PT da Paraíba, a depender de nós, não será obstáculo para as alianças que forem necessárias à vitória do projeto liderado pelo PSB. Assim como o PT lidera o bloco democrático e de esquerda em nível nacional com a candidatura de Lula, é o PSB que comanda a montagem do palanque aliado em nosso estado. Todavia, defendemos um perfil progressista para a coalizão eleitoral. Mas, não seremos empecilho diante dos movimentos necessários à vitória do projeto e à derrota das forças do atraso.”
Lula – Ainda durante o encontro, o partido deliberou pela candidatura do ex-presidente Lula: “Não há Plano B ou C: é Lula presidente! Querem tirar do povo o direito de opção. Nós, do PT, estamos conscientes da situação porque passa o país e não abriremos mão de cumprir com o nosso papel perante a história. O PT registrará a candidatura de Lula a presidente em 15 de agosto. Não há Plano B ou C. Lula será candidato porque é a maior esperança do povo brasileiro e vai apresentar um programa de governo voltado para o desenvolvimento, inclusão social e propondo um referendo revogatório destas reformas antipopulares de Temer. Lula presidente será capaz de unir as forças democráticas e de esquerda para recolocar o Brasil no rumo certo, baseado na soberania popular.”