Partidos aliados do PT, que projetam alianças para 2014, só se enganam se quiserem. O PT planeja voo solo na disputa pelo Governo do Estado. No máximo, oferecerá a vaga de vice ou de senador. Faz parte de uma estratégia montada pelo ex-presidente Lula, com a ajuda de Zé Dirceu. O PT quer mais poder em doses continentais.
O partido tem, claramente, Luciano Cartaxo (caso se confirme sua vitória) como ponta de lança de um projeto, que cogita o lançamento do prefeito Luciano Agra como candidato a governador. Esse cenário só poderá sofrer mudança se Agra estiver muito mal até a boca de urna. Afinal, 2013 poderá não se um ano bom para ele.
Como se sabe, tramita na Justiça um pacote nada desprezível de denúncias contra o prefeito, que inclui Caso Cuiá, Jampa Digital, Merenda Escolar, compras superfaturadas, gari milionário e tantos outros escândalos que marcaram sua gestão. É praticamente impossível sobreviver incólume, inclusive estando fora do poder.
O cenário também poderá mudar com eventual filiação de Veneziano ao PT. Não é de hoje que existe um namoro de bastidores entre os irmãos Vené e Vital com a cúpula petista. Operação que poderá ser apressada, face ao atual cisma dentro do PMDB. Como se sabe, o grupo teen do partido abriu, claramente, uma frente de batalha contra eles.
Apesar de que há uma outra leitura para essa rebelião. Caso o grupo chamado dissidente perca a disputa interna para Zé Maranhão e, por tabela, para Veneziano e Vital, poderá ter um pretexto ideal para deixar o partido e migrar em bloco para o PT de… Agra, Cartaxo e Zé Dirceu. Antes dos irmãos Vital. De olho nas perspectivas de 2014, claro.
Nos meios políticos, cresce a sensação de que o ex-presidente Lula, depois do milagre operado em São Paulo com Fernando Haddad, será capaz de viabilizar praticamente qualquer candidato petista pelo Brasil afora em 2014. Principalmente se Lula voltar a disputar a Presidência da República, daqui a dois anos. Como se cogita.
