Política muitas vezes, meu caro Paiakan, é como um jogo de xadrez. Aparentemente, ocorreu algo do tipo neste episódio da indicação da advogada Allana Galdino para o Tribunal de Contas do Estado. Está claro que uma operação desta envergadura não sai por menos. Os deputados interessados na vaga não terão renunciando à disputa por mero despreendimento.
Além do mais, lideranças como o governador João Azevedo (PSB) e o deputado-presidente Hugo Motta (Republicanos), só pra citar dois, não abraçaram a causa de Galdino sem contrapartida. Dá a impressão que Galdino teve que sacrificar algumas pedras no tabuleiro, como, por exemplo, o desejo de disputar o Governo do Estado, em 2026.
É inegável que, apesar da demonstração de força, uma operação dessa monta pode fragilizar no futuro quem se favoreceu agora. É a impressão que reina nos bastidores da base governista. Talvez Adriano aceite, mais adiante, uma outra vaga na chapa majoritária, que não seja a de candidato a governador. Diante do cartucho que já queimou com a indicação de sua filha pro TCE.
Galdino certamente não irá disputar a deputação federal, que já tem seu irmão, Murilo, como representante na Câmara. Inclusive, Murilo poderia ter ido pro TCE, com apoio de Galdino, mas preferiu seguir na deputação. Pode ter sido uma senha para 2026. A menos que indique Murilo pra chapa e decida disputar a deputação no lugar no irmão. O que seria, meu caro Paiakan, outra imensa demonstração de força.
