Quem leva a melhor: a ditatura dos partidos ou a via judicial?

Como tem se tornado hábito, as eleições deste ano na Paraíba estão fortemente judicializadas. São muitas as pendengas partidárias que vão terminar nos tribunais. Para alegria dos advogados, desespero de alguns candidatos e, obviamente, perplexidade dos eleitores. As três mais evidentes: com quem ficará o PT de Campina Grande, com o PP e com a candidatura própria? O PSC se coligará com o PT ou com o PSDB em João Pessoa? O vereador Bira terá ou não legenda pra disputar a reeleição?

Como tem se tornado hábito, as eleições deste ano na Paraíba estão fortemente judicializadas. São muitas as pendengas partidárias que vão terminar nos tribunais. As três mais evidentes: com quem ficará o PT de Campina Grande, com o PP e com a candidatura própria? O PSC se coligará com o PT ou com o PSDB em João Pessoa? O vereador Bira terá ou não legenda pra disputar a reeleição?

O caso mais emblemático é o do PT de Campina. O partido resolveu deliberar pela aliança com o PP, após assumir que teria candidato próprio. Com a decisão do juiz Valério Porto (5ª Vara Civil), anulando a aliança, veredicto mantido pelo TJ, a ala contrária lançou Alexandre Almeida como candidato e criou-se o imbróglio jurídico. No final, o que vai prevalecer, a decisão do partido ou a sentença judicial?

No PSC, houve um caos surrealista. A maioria avassaladora da militância votou a aliança com o senador Cícero Lucena, indicando Ítalo Kumamoto para vice, mas o presidente Marcondes Gadelha, escudado em apoio da nacional, deliberou pelo apoio ao PT. O diretório municipal, munido das atas da convenção, irá à Justiça? O que vai vingar: a decisão monocrática de Marcondes ou a maioria da militância?

O PSB realizou congresso, homologou a candidatura de Estelizabel Bezerra (contra Luciano Agra) e dos candidatos a vereador, dentre eles, Bira. Mas, no apagar das luzes, na convenção de sábado, decidiu retirar a legenda para ele disputar a reeleição. Bira alega que o congresso lhe deu legenda e decidiu procurar a Justiça. Quem vai levar a melhor: a direção do PSB ou o recurso de Bira na Justiça?

Cada um desses casos, obviamente, tem a suas próprias especificidades, mas a verdade é que a ambiguidade da legislação não garante quem realmente irá vencer a parada. Enquanto não se promove uma reforma política de respeito, episódios dessa forma seguirão ocorrendo e engarrafando os tribunais com tantos processos. Para alegria dos advogados, desespero de alguns candidatos e, obviamente, perplexidade dos eleitores.