QUEM SERÁ? MP do Rio revela que a quadrilha que atuava na Cruz Vermelha pagava propinas “a agentes públicos da Paraíba”
Uma informação passou praticamente despercebida, no noticiário relativo à Operação Calvário, que cumpriu onze mandados de prisão contra a organização criminosa liderada por Daniel Gomes da Silva, que teria utilizado a Cruz Vermelha gaúcha para fraudar recursos públicos. Uma das prisões ocorreu na Paraíba, contra o empresário Roberto Kremser Calmon.
O detalhe foi que, durante a reportagem da Globo News, o repórter André Coelho, revelou, a partir de informações do Ministério Público do Rio de Janeiro, que “a quadrilha atuava na Paraíba com o pagamento de agentes públicos”. Os nomes não foram declinados, mas sabe-se que a organização operava sacando dinheiro em espécie para realizar os pagamentos. (vídeo abaixo)
Movimentação – A quadrilha movimentou mais de um R$ 1,7 bilhão, ainda conforme o Ministério Público. Só na Paraíba, a Cruz Vermelha gaúcha faturou mais de R$ 930 milhões, durante a gestão do governador Ricardo Coutinho, entre julho de 2011 (quando o hospital teve a gestão terceirizada), até setembro de 2018.
Quando o Zé Maranhão deixou o governo do Estado, em 2010, a administração do Hospital de Trauma importava num custo mensal de R$ 4,2 milhões. Valor que saltou para R$ 8,2 milhões ao mês, ou seja, praticamente dobrou, quando o governador contratou a Cruz Vermelha gaúcha, em julho de 2011. Sete anos e meio depois, o já está na casa dos R$ 14 milhões.
Doação de campanha – Porém, o detalhe mais apimentado dessa história escabrosa foi a revelação de que Jaime Gomes da Silva, um parente bem próximo de Daniel Gomes da Silva, por uma razão ainda não explicada, doou nada menos do que R$ 300 mil ao então candidato Ricardo Coutinho na eleição de 2010. Em julho do ano seguinte, a Cruz Vermelha gaúcha fechou o contrato com seu governo.
CONFIRA VÍDEO COM CITAÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS DA PARAÍBA (momento 3:35)…