RC autorizou 1ª dama usar avião do Estado para ir a Minas receber prêmio
O governador Ricardo Coutinho autorizou a primeira-dama, Pâmela Bório, usar o avião do Estado para viajar a Belo Horizonte. Pâmela foi a Minas receber premiação do jornal MG Turismo, como “Mulher Influente” e, provavelmente, pelos serviços prestados ao turismo mineiro. A informação foi passada ao Blog por um funcionário do Governo.
Segundo o servidor, “o avião do Estado não pode decolar, sob nenhuma hipótese, sem o consentimento do governador Ricardo Coutinho”. Além do mais, ainda segundo o servidor, “as ordens de abastecimento são controladas pelo governador, então não há qualquer possibilidade do avião deixar o hangar do Estado, sem o seu conhecimento”.
Há poucos dias, o Blog deve acesso ao plano de voo da aeronave King Air B-200, de prefixo PR-EPB (no jargão aeroviário fala-se papá-romeu EPB), entre os dias 12 e 13 de maio e confirmou o que se suspeitava: o avião do Estado foi mesmo usado por Pâmela para ir a Belo Horizonte, receber a premiação do jornal mineiro.
Conforme o plano de voo, o avião do Estado decolou por volta das 16h00 (19h00 no horário padrão aéreo) do Aeroporto Castro Pinto (SBJP), com a primeira-dama e comitiva. O destino do voo foi, inicialmente, o Aeroporto de Pampulha (SBBH), mas não pode permanecer lá, por conta da escala de horários, então a comitiva seguiu para Confins (SBCF), aonde chegou por volta da 19h00 (22h00 no horário aéreo). Mais detalhes em bit.ly/1383iCw .
O King Air B200 foi adquirido, ano passado, pelo governador Ricardo Coutinho, por cerca de R$ 5 milhões. Mas, segundo o deputado Gervásio Filho, “o governador desviou os recursos destinados à construção de uma maternidade em Catolé do Rocha para a sua aquisição, obrigando as mães de Catolé a irem ter seus filhos fora da cidade por falta de uma maternidade.” Mais em http://bit.ly/10Gyk11.
Na semana passada, o deputado Raniery Paulino decidiu convocar a primeira-dama para explicar se a sua viagem a Minas Gerais foi para tratar de assuntos pessoais, ou se era uma missão oficial. Segundo Raniery, o uso de veículos oficiais somente é permitido em “missões institucionais, pois é vedado para uso pessoal, o que incorre em crime de improbidade”.