RC desdenha de bancada e se ausenta de reunião sobre Transnordestina
Vamos combinar: num Estado tão carente da iniciativa de suas lideranças, vale um destaque a reunião desta segunda convocada pelo senador Vital Filho para discutir a inclusão da Paraíba no projeto da Transnordestina. O ponto negativo, claro, foi a ausência do governador Ricardo Coutinho, que não poderia se omitir desse debate.
O detalhe foi que, mesmo sendo adversários políticos, sentaram à mesma mesa para discutir o pleito os senadores Vital e Cássio Cunha Lima, além de Cícero Lucena. Afora, vários deputados federais e estaduais. Mas, o governador ficou fora dos trilhos. É como se fosse gás nobre, incapaz de se misturar com outras lideranças, ainda que seja para discutir um importante projeto para o Estado.
E é que o governador andou anunciando uma ação das mais louváveis, com investimentos importantes na Funad (Fundação de Apoio ao Deficiente). Uma iniciativa relevante, voltada para um segmento algo esquecido da sociedade. Só que investir em obras sociais como essas da Funad não inviabiliza sentar com a bancada federal para discutir uma obra do porte da Transnordestina.
A sua ausência mostra, claramente, como o governador insiste em desdenhar da classe política. Não se esqueça, por exemplo, que numa de suas primeiras audiências com o então ministro Fernando Bezerra (Integração), o governador fez questão de entrar sozinho e deixar na antessala o senador Cássio que, aliás, havia articulado a realização da audiência.
Transnordestina – Durante a reunião, o senador explicou que, enquanto o Brasil tem apenas 30 mil quilômetros de ferrovias, os Estados Unidos dispõem de 280 mil quilômetros: “Isso é o que explica boa parte da pujança da economia americana, porque o transporte de cargas em feito em por trem, de baixo custo, enquanto no Brasil é basicamente por transporte viário, que é caro.”
Quando o projeto da Transnordestina foi concebido, seria uma forma de integrar os Estados nordestinas com a malha ferroviárias nacional, de forma que mercadorias poderiam ser transportadas para todo o País, barateando os custos. mas, lamentavelmente, a Paraíba ficou de fora do projeto, por falta de iniciativa das lideranças políticas do Estado, para impor a inclusão do Estado. Agora, se tenta reparar um erro histórico.