RC perde mais uma no Caso Ipep: Justiça mantém decisão do sequestro de recursos para pagar servidores

Desembargador Joás de Brito Pereira

Após quase sete anos de vitórias no embate contra os funcionários do antigo Ipep, eis que o governador Ricardo Coutinho passou a colecionar algumas derrotas acachapantes. A primeira delas, na semana passada, quando o juiz Gutemberg Cardoso (3ª Vara da Fazenda) determinou o sequestro de recursos do tesouro para pagar a funcionários.

O Governo recorreu e então sofreu outro revés. O desembargador Joás de Brito Pereira, presidente do Tribunal de Justiça, negou o pedido de suspensão da liminar, protocolado pela direção do IASS, na tentativa de derrubar a decisão do juiz Gutemberg. Com o despacho de Joás, fica mantida a sentença do juiz de sequestro dos recursos.

Decisão – No último dia 19, o juiz Gutemberg Cardoso havia determinado em caráter liminar o bloqueio das contas bancárias do Governo do Estado para pagamento dos valores suprimidos dos contracheques dos servidores (IASS e PBPrev), estimado em R$ 5 milhões.

O magistrado também determinou apuração do montante da multa a ser aplicada aos presidentes da PBPrev e IASS, por descumprimento de sua sentença, ano passado, quando já havia determinando a implantação dos valores nos contracheques. Gutemberg deu um prazo de 72 horas para a efetivação dos sequestro dos recursos e o fiel cumprimento de sua sentença.

O Governo decidiu recorrer da decisão, com pedido de suspensão da liminar do magistrado. É contra esse recurso que sentenciou o desembargador Joás de Brito.

Pra relembrar – Nos primeiros dias de seu Governo, Ricardo Coutinho mandou suprimir dos contracheques dos servidores benefícios que a categoria havia conquistado na Justiça, inclusive até o Superior Tribunal de Justiça.

Em 2010, os benefícios haviam sido acrescidos em seus vencimentos, ainda no Governo Zé Maranhão. Com a supressão determinada pelo governador, os servidores decidiram recorrer à Justiça novamente. O processo, pelo lado dos servidores, teve o acompanhamento dos advogados Roosevelt e Raoni Vita.

Várias vítimas – O Caso Ipep já fez várias vítimas. Segundo Tânia Bezerra, presidente do Sindicato da categoria, 18 pessoas já morreram, desde 2011, vitimadas por estresse e doenças cardíacas, segundo ela, ocasionadas pelo embate com o Governo do Estado (mais em http://goo.gl/15JIfP).

E houve a vítima mais notável, a juíza Lúcia Ramalho, que chegou a ser afastada da 5ª Vara da Fazenda, por ter sentenciado em favor dos servidores.

Caso Ipep decisão de Joás 26jun2017

Caso Ipep decisão de Joás 02 26jun2017