RC prometeu acabar violência em seis meses e não se esconder atrás de secretário: “Responsabilidade é minha”
Para quem não tem boa memória vale recordar o que afirmava o então candidato a governador Ricardo Coutinho, em 2010, quando se reportava sobre à segurança pública. E era num momento em que a Paraíba não liderava, como hoje, rankings nacionais e internacionais de violência. Não era o 2º Estado onde mais se mata jovens, nem João Pessoa era a 4ª cidade mais violenta do mundo.
O Ricardo candidato dizia que não iria transferir responsabilidades pela insegurança (“a responsabilidade é minha”), e garantiu que, em seis meses, “esses índices alarmantes e impressionantes de assaltos a bancos, assaltos a ônibus, homicídios, isso vai ter que baixar e vai baixar… para poder resgatar e devolver à população a tranquilidade necessária. Do jeito que está ninguém aguenta, amigo!”
Confira as promessas do governador guia eleitoral de 2010…
Dou-lhe uma: “Eu quero não só pagar melhores salários para exigir mais. Eu acho que cada um de nós, servidores públicos, e eu sou servidor público também, nós precisamos ser exigidos, agora, é preciso que a gente tenha uma melhor condição. Os policiais, para fazer frente a essa onda de violência, que culminou ontem com o fato de mais um banco ser assaltado, dessa vez em Sapé, e com um detalhe, os assaltantes que usaram dinamite fugiram num carro da polícia e levaram dois policiais como reféns. Ou seja, chegamos ao limite, chegamos ao fundo do poço. E sabe por que? Porque o Estado, o atual só quer saber das próximas eleições, do dia 3 de outubro.”
Dou-lhe duas: “E pra isso estão inviabilizando o Estado, estão gastando fortunas com coisas que não tem absolutamente nada a ver para a população e, ao mesmo tempo, para as políticas públicas não sobra absolutamente nada. Eu acho que nós temos que combinar salários melhores, estratégias maiores e melhores de formatação dessas políticas públicas e ao mesmo tempo garantir um choque de tranquilidade não tem pra onde, tem que fazer isso e eu vou fazer isso como governador, chamando para mim a responsabilidade.”
Dou-lhe três: “Eu não vou me esconder atrás de secretário, disso ou daquilo não, a responsabilidade é minha, enquanto governante. Sendo governador, em seis meses esses índices alarmantes e impressionantes de assaltos a bancos, assaltos a ônibus, homicídios, isso vai ter que baixar e vai baixar. Eu vou conduzir pessoalmente isso, junto com o secretário, eu quero estar à frente disso, para poder resgatar e devolver à população a tranquilidade necessária. Do jeito que está ninguém aguenta, amigo”.
Pra arrematar: “Polícia sem balas, viaturas quebradas, delegacias sem delegados. Não é à toa que os índices de criminalidade na Paraíba só crescem. O descaso é total. É preciso ter pulso firme. Olhe à nossa volta, Pernambuco implantou, com grande sucesso, um programa de segurança chamado Pacto pela Vida. O Rio Grande do Norte conseguiu reduzir significativamente os índices de criminalidade. E com a vida dos bandidos dificultada por lá, eles correm para onde tudo é mais fácil, para o nosso estado. Mas, no meu governo, isso vai acabar. Vou colocar a polícia na rua, mas também vou levar educação, cultura, esporte e lazer para as áreas mais críticas. Vou também articular as ações das polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros, integrando a Paraíba ao Sistema Único de Segurança Pública, o que ai viabilizar a vinda de recursos federais. Lugar de polícia é nas ruas. Hoje a Paraíba precisa de, no mínimo, 5 mil novos policiais. Vou contratar imediatamente os concursados e fazer novos concursos. Muitos crimes são evitados ou resolvidos através de imagens gravadas por câmeras de vídeo. Por isso, vou mapear as áreas de ocorrências e instalar câmeras para ficar 24 horas protegendo a sociedade. A polícia precisa estar próxima das comunidades. Inclusive para conhecer os cidadãos e torná-los parceiros na consolidação da segurança pública. Assim, daremos um grande salto na segurança, que a Paraíba tanto precisa”.
Confira vídeo de promessas em 2014…