REAÇÃO ÀS PRESSÕES Romero revela não ter pressa pra definir candidatura, diz para não esperarem por ele e confirma diálogo com João
Declarações recentes do ex-prefeito Romero Rodrigues põem uma ducha de água fria nas esperanças de setores da oposição, especialmente do PSDB, que aguardam por uma confirmação pública quanto à sua desistência de disputar as eleições do próximo ano. Em outras palavras, é como quem diz: “Não esperem por mim!”
Nos últimos dias, várias lideranças do PSDB, dentre os quais os deputados Ruy Carneiro e Pedro Cunha Lima, externaram inquietação, e avisaram que não podem esperar por uma definição de Romero além de dezembro, quando a oposição precisa ter um candidato definido, para chegar tarde demais na disputa.
Em entrevistas à Imprensa e em conversas com aliados próximos, Romero tem reiterado: ele não tem pressa para verbalizar sua decisão, que isso ocorrerá quanto achar o momento adequado e que não se furtará de anunciar publicamente o que, aliás, já revelou em particular num jantar na casa do ex-senador Cássio Cunha Lima.
A esse propósito, Romero fez, inclusive, uma queixa: “A reunião (na casa de Cássio) não era pra ser pública. Era uma reunião interna que, infelizmente, ganhou ampla divulgação.” Romero não dá nomes, mas confessa desconforto com a inconfidências de quem participou da reunião e abriu as informações para a mídia.
Por fim, quando indagado sobre a possibilidade de compor a chapa com João Azevedo, como candidato a vice-governador, Romero tergiversou, afirmando que as conversas foram apenas por telefone, mas que, oportunamente, os dois irão se encontrar mas não quis antecipar a pauta.
Críticas – A posição de Romero tem provocado reações de setores da oposição, especialmente entre bolsonaristas. O deputado Wallber Virgolino, por exemplo, abriu fogo e chegou a tachar o ex-prefeito de “traidor”. Segundo Wallber, Romero “deu esperanças de ser o candidato de Bolsonaro e agora procura uma forma de romper com o presidente para se aliar a João Azevedo”.