Recibos complicam a vida de Lula no caso do apartamento e do Instituto
As últimas 24 hora não foram exatamente agradáveis para o ex-presidente Lula. De um lado, uma patacoada de seus advogados, que apresentaram recibos de pagamento do aluguel de um apartamento em Ribeiro Preto, com datas fora do calendário e ainda duplicidade. Uma ambiguidade ruim. De outro, o executivo Marcelo Odebrecht apresentou o que seriam as provas de pagamentos de propina para o Instituto Lula.
Apartamento – Dos 26 recibos apresentado pelos advogados de Lula à Justiça Federal para comprovar o pagamento do aluguel de um apartamento vizinho ao imóvel em que mora o petista, dois apresentam datas que não existem no calendário: 31 de junho de 2014 e 31 de novembro de 2015. Há ainda dois recibos com a mesma data de vencimento.
Em nota, os advogados de Lula alegam que houve “erro material” em relação às datas dos vencimentos dos aluguéis e que isso não tem “relevância probatória”: “Pela lei, bastaria à defesa ter apresentado o último recibo com reconhecimento de quitação, sem qualquer ressalva de débitos anteriores, para que todos os demais pagamentos fossem considerados realizados.”
Instituto Lula – Segundo O Estadão, Marcelo relatou que “As cópias desses recibos (totalizando R$ 4 milhões) foram extraídas do computador de Fernando Migliaccio (ex-executivo da construtora), com os impressos dos e-mails, o que corrobora que os valores foram efetivamente descontados da planilha Italiano, senão não haveria razão para estar de posse dele”. Mais em https://goo.gl/7nV48Z
Essa mesma informação, do pagamento de R$ 4 milhões ao “japonês” (identificado como Paulo Okamoto), já havia sido declarada pelo ex-ministro Antônio Palocci, em seu depoimento à Lava Jato, recentemente. Palocci que é citado na delação de Marcelo como “italiano”. Em nota, os advogados do ex-presidente Lula negam a acusação, e diz que tudo faz parte de um processo de demonização do petista.