REPERCUSSÃO NACIONAL Organização criminosa chefiada por Ricardo Coutinho espionava investigadores da Calvário, revela MP à Veja
A organização criminosa, que tinha como chefe o ex Ricardo Coutinho, segue expondo a Paraíba nacionalmente, com informações cada vez mais surpreendentes. A revista Veja, por exemplo, trouxe em sua coluna Radar, que, de acordo com o Ministério Público da Paraíba, o esquema corrupto espionava os investigadores da Operação Calvário. Coriolano Coutinho é apontado como quem comandava inclusive setores das polícias Civil e Militar.
Diz Veja, citando o MP: “O uso das estruturas militares do Estado por parte da Orcrim, infelizmente, tem sido constatado ao longo do presente esforço investigativo, tais como o uso da casa militar para não só escoltar valores, mas também para infundir receio em que se contrapor aos interesses destas estruturas criminosas, fatos que serão melhor esclarecidos com o aprofundamento das investigações, ainda em curso.”
Segundo a petição, os membros do Ministério Público responsáveis pela investigação vinham sendo monitorados por Coriolano (irmão de Ricardo) Coutinho. Consta nas investigações que o grupo de arapongas adotava medidas de contra inteligência “há bastante tempo”.
E mais: “A predita circunstancia aponta para o acionamento de meios para mapeamento dos membros do Ministério Público responsáveis pela presente investigação, o que é gravíssimo…” De acordo com os procuradores, as investigações sugerem o uso de “uma verdadeira milícia” por existirem “razoáveis indícios do uso de policiais civis e militares pela organização criminosa” para a elaboração de dossiês e atividades de “arapongagem”.
Na verdade, a mídia nacional descobriu agora o que setores da mídia independente da Paraíba já vinha denunciando nos últimos nove anos. As investigações da Calvário revelaram que o ex Ricardo Coutinho era o chefe da organização criminosa, a partir de depoimentos do lobista Daniel Gomes da Silva e dos delatores Leandro Nunes Azevedo, Maria Laura Caldas, Livânia Farias e Ivan Burity.
Confira reportagem da Veja em http://bit.ly/37OeZVi