Resolução do PT impede aliança com PP sem passar pelo crivo da Nacional
Caiu como uma bomba entre os petistas campinenses a mais recente resolução do PT. O dispositivo determina que, em cidades com mais de 200 mil eleitores, as alianças, antes de ser homologadas pelas instancias municipais, devem ser referendadas pela Executiva Nacional. É o caso, por exemplo, de Campina Grande e João Pessoa.
Diante dessa resolução, é de se presumir que a aliança firmada, recentemente, entre o PT e o PP deva passar pelo crivo da Nacional. Até onde o Blog pode apurar a consolidação dessa coligação não tem o apoio integral da Nacional e deverá ser motivo de muita polêmica nos próximos dias, quando for submetida à apreciação das instâncias superiores do partido.
A resolução foi, inclusive, noticiada pelo jornal Folha de São Paulo. Eis o que diz: “Para impulsionar a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, a Executiva Nacional do PT editou nesta quinta-feira uma resolução que exige que as alianças em cidades com mais de 200 mil eleitores sejam homologadas por ela antes do registro. O texto deve ser aprovado em reunião do Diretório Nacional no dia 18, em Porto Alegre.
A medida tem como objetivo principal desfazer nós em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro — cidades em que há disputa entre os diretórios locais, que querem candidatura própria, e a direção nacional, favorável a uma aliança com o PSB.”
O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, após reunião da Executiva em São Paulo.
“Temos uma disposição aprovada hoje (na quinta-feira) que diz que, nas cidades com mais de 200 mil, as chapas deverão ser antes dos registros homologados pela Executiva Nacional, justamente para não ter que provocar intervenção”, afirmou. “Foram avocados Mossoró e duque de Caxias.”
Falcão relatou ainda encontro com a direção nacional do PC do B. Disse que o PT deve apoiar o partido em Florianópolis, Olinda e em Jundiaí (SP). “Estamos conversando bastante e esperamos já no encontro municipal [em 2 de junho] ter alguma aliança firmada.”