ROMBO NA CALVÁRIO As 22 denúncias do Gaeco sinalizam desvios de recursos públicos da ordem de R$ 230 milhões
Com a 22ª denúncia do Gaeco, no âmbito da Operação Calvário, os valores envolvidos, até o momento, em desvios de recursos públicos ultrapassa os R$ 230 milhões. Um levantamento anterior, até a 19ª denúncia, já apontava cifras de R$ 157.881.875,01. Com as três denúncias seguintes, esses valores saltaram cerca de mais R$ 75 milhões.
Só na 22ª denúncia, a mais recente, o Gaeco identificou a ocorrência do pagamento de propinas por parte da Cruz Vermelha a agentes públicos, além do desvio de mais de R$ 49 milhões de recursos públicos. Deste total, de acordo com o órgão, pelo menos R$ 18 milhões teriam sido destinados a representantes do governo do Estado.
Um dos valores que mais chamou atenção, na série histórica, foi a estimativa do Ministério Público, na 6ª denúncia, do desvio na forma de propinas de R$ 134,2 milhões, resultante da Operação Calvário 7 (Juízo Final), em dezembro de 2019, quando houve a decretação do ex-governador Ricardo Coutinho, considerado o cabeça da suposta organização criminosa.
Além do ex-governador, também foram presos seu irmão Coriolano e mais 15 pessoas. De todos, apenas Coriolano ainda continua preso, por violação reiterada no uso da tornozeleira. Ricardo Coutinho é o único que não está usando tornozeleira, por decisão do ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal).
LEVANTAMENTO OFICIAL ATÉ A 19ª DENÚNCIA (MARÇO DE 2021)