Ruy tem razão: é a população quem quer a unidade das oposições ante o caos na Segurança
Creio, meu caro Paiakan, que o ex-deputado Ruy Carneiro acertou ao afirmar, neste final de semana, que a união das oposições está além de um projeto de algumas lideranças políticas do Estado. Seria muito mais um imperativo de cobrança da própria população. É notória a fadiga de material do atual Governo, especialmente por ter errado em várias áreas essenciais.
É improvável que a população esteja, por exemplo, satisfeita com o cenário de violência, muito agravado nos últimos sete anos. Fruto, especialmente, da ineficiência de uma política pública decente, num Governo que pretendia resolver tudo por decreto em seis meses. Há efetivo de menos, tratamento desigual e até desrespeito do Governo com as Polícias Civil e Militar. O resultado não poderia ser outro.
Na área de Educação, é também impensável que o cidadão concorde com o fechamento de mais de 300 escolas públicas, com a terceirização de mais 652 unidades que restaram da fúria privatista, e com o tratamento dispensado à Universidade Estadual da Paraíba. O resultado está ai refletido nos baixos indicadores, na evasão escolar recorde, num desmantelamento completo da rede pública.
Na área de Saúde, um recente relatório do Tribunal de Contas do Estado mostra o quadro de descaso e incompetência. Afora o inexplicável: pagamento de R$ 13 milhões mensais à Cruz Vermelha gaúcha, no processo terceirização do Hospital de Trauma. Ou seja, três veze mais ao custeio do hospital, há sete anos. E nesse intervalo, não se tem notícia que passou a atender três vezes melhor ou três vezes mais.
Isso apenas para citar três das áreas mais essenciais de qualquer Governo. O Governo subsiste graças a um poderoso esquema de mídia, que tenta desesperadamente maquiar a realidade aos olhos da população. Em algum momento, essa venda cairá , além do que há caiu, e a população irá tomar conhecimento da diferença entre ficção e realidade. É por isso, que Ruy está certo: os paraibanos impõem a unidade das oposições, para desalojar do poder o que não tem dado certo.