SACRILÉGIO INDIGNUS Justiça nega prisão de Padre Egídio que fica em silêncio no Gaeco sobre escândalo do Hospital Padre Zé
O Padre Egídio, considerado o pivô do escândalo envolvendo o Hospital Padre Zé, depõe na manhã desta quarta (01/11), no Gaeco (Ministério Público da Paraíba), sobre as inúmeras irregularidades apontadas na administração de recursos, inclusive públicos, sob a sua gestão.
No âmbito do Judiciário, o juiz José Guedes (2ª Vara Criminal) negou o pedido de prisão do padre que, recentemente, foi alvo da Operação Indignus, apontado com responsável pelo desvio de recursos doados à instituição de caridade associada ao Hospital Padre Zé.
Segundo as investigações preliminares, o padre seria proprietário de mais de uma dezena de imóveis de luxo, incluindo apartamentos e uma granja no Conde, onde foram encontradas uma adega com vinhos caros, cães de raça e até mesmo um fogão de R$ 80 mil.
Os pretensos delitos cometidos pelo padre, em parceria com pessoas de sua proximidade, teriam se dado com a falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários, que teria caracterizado a formação de uma organização criminosa, com crimes de lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos.
Ainda no escopo das investigações, consta um empréstimo de R$ 13 milhões, junto ao Santander (R$ 600 mil) e Caixa Econômica Federal (R$ 12,4 milhões), solicitados pelo padre, mas que não teriam sido encontrados, na contabilidade da instituição, de acordo com o novo gestor, o Padre George Batista.