SACRILÉGIO Padre Egídio é acusado de violar medidas cautelares deixando residência sem comunicar à Justiça
Mais um capítulo envolvendo o Padre Egídio. Apontado como pivô do escândalo do Hospital Padre Zé, Egídio está sendo acusado de ter violado as medidas cautelares, com uso de tornozeleira, desde que deixou a Penitenciária do Valentina, em abril.
Segundo dados do Centro de Monitoramento de Tornozeleira Eletrônica da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, o padre descumpriu o imperativo da prisão domiciliar, e se ausentou sem prévia comunicação à Justiça, na 4ª Vara Criminal.
O monitoramento apontou que o padre deixou seu apartamento, no bairro de Cabo Branco, e caminhou pela orla pessoense no dia 21 de junho. Em outras ocasiões, também deixou sua casa, mas para ir a consultas. Nesses casos, porém, o sacerdote apresentou atestados que comprovam a necessidade de deslocamento.
Diante do alerta do monitoramente, o juiz José Guedes Cavalcanti Neto (4ª Vara Criminal) encaminhou as informações ao Gaeco (Ministério Público), para emitir seu posicionamento.
Já os advogados do Padre Egídio contestaram que ele tenha quebrado a medida cautelar de prisão domiciliar com o uso de tornozeleira no último dia 21 de junho.
Esquema – Padre Egídio é acusado de ser líder de um esquema criminoso que seria responsável por um desvio milionário de mais de R$ 140 milhões contra o Hospital Padre Zé. A denúncia foi feita pelo Gaeco em agosto do mesmo ano, quando um inquérito policial foi aberto.
O religioso deixou a direção do Hospital Padre Zé logo após a denúncia sobre o furto de celulares e foi preso em novembro do ano passado no âmbito da Operação Indignus, que apurou suspeita de desvios de recursos milionários do Hospital Padre Zé.