SALDO DA CALVÁRIO Organização social contratada no governo Ricardo Coutinho e punida pelo TCE, faturava R$ 117 milhões/ano
A organização social Ecos (Espaço Cidadania e Oportunidades Sociais), que acaba de ser penalizada pelo Tribunal de Contas do Estado, por irregularidades na terceirização de escolas estaduais durante a gestão Ricardo Coutinho, faturava, anualmente, R$ 117,2 milhões… para administrar 318 escolas.
O detalhe é que, logo após assumir a gestão das escolas estaduais, acomodou centenas de funcionários selecionados, segundo as investigações do Gaeco, no âmbito da Operação Calvário, por indicações políticas. E tinha uma gerência ocupada por um sobrinho da ex-secretária Livânia Farias.
Conta – Para se ter uma ideia do tamanho da conta da terceirização na gestão de escolas estaduais, o Ecos, junto com a Insaúde (Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde) arrebataram do Estado nada menos do que R$ 234 milhões.
Escândalo – Em fevereiro de 2019, o Ministério Público Federal decidiu abrir inquérito para investigar a contratação das duas organizações sociais.
A investigação foi determinada pelo procurador da República, Antônio Edílio Magalhães Teixeira, a partir de indícios de irregularidades na terceirização das escolas estaduais em valores elevados e ainda a quarteirização de serviços, contratando outras empresas sem licitação.