SALDO DA SEMANA Governador ganha no TSE mas perde a guerra da comunicação pra oposição
A semana encerra com alguns pontos a observar. O governador Ricardo Coutinho ganhou um ponto importante por ter sido absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral. É bem verdade que a AIJE Fiscal não tinha toda essa potencialidade, e há outras mais tóxicas a caminho, mas foi uma vitória. Ponto. Porém, também experimentou alguns revezes nada desprezíveis.
Um deles, por exemplo, foi a revogação de criação da guarda pessoal. Talvez tenha sido a maior bola fora do governador nos últimos tempos. Experimentou um desgaste imenso, tanto na criação, quanto na extinção. Especialmente porque só revogou depois que decidiu permanecer no Governo. Se tivesse saído, certamente estaria usufruindo da regalia. Essa, ele perdeu feio.
Também saiu em desvantagem na briga de facas com a oposição. De um lado, atacou o pré-candidato Lucélio Cartaxo, dizendo que iria tomar outra derrota. A resposta foi fulminante, e veio pelo prefeito Luciano: “Será que o governador quer se referir às eleições de 2012 e 2016, quando perdeu com suas candidatas (Estela Bezerra e Cida Ramos)?” Foi ruim e indefensável.
Noutra mão, o governador atacou (como de hábito) o senador Cássio Cunha Lima, ameaçando tratorar o adversário nas urnas e ainda aproveitou para criticar as declarações do tucano em relação ao ministro Napoleão Nunes Maia, pela defesa apaixonada de sua (de Ricardo) causa. A resposta também não foi muito agradável e coube ao deputado Tovar Correia Lima.
Segundo o deputado, “se o governador (Ricardo Coutinho) tem tanta raiva do senador Cássio Cunha Lima, como tem revelado, ele deve procurar um especialista para se tratar. Isso de estar sempre com raiva certamente não faz bem pra sua saúde”. E todos conhecem o estilo iracundo do governador. Foi mal. Mais uma vez. Encerra a semana no vermelho.