Sargento diz que policiais não têm como enfrentar bandidos melhor armados, em viaturas sem equipamento e sem apoio
Em longo artigo enviado ao Blog, o Sargento Pereira afirmou, a respeito da onda de violência na Paraíba, que as “constantes as explosões em agências bancarias ou unidades financeiras, e ocorrem geralmente nos períodos noturnos, exatamente onde os poucos policiais que ficam na rua, se sentem sem apoio, enquanto todo sistema criminal está dormindo”.
E mais: “Como enfrentar bandos armados com fuzis e armas com calibres bem superiores ao da Polícia? Em viaturas sem equipamentos, sem tecnologia, sem apoio policial e com comunicação deficiente? O que espera a sociedade e o governo, que os policiais façam? “ O Sargento Pereira é psicólogo e perito em criminologia e psicologia criminal.
Confira a íntegra de seu artigo…
“As ações da polícia precisam ser legítimas e para isso é preciso dotar os policiais com as condições necessárias. O que leva os policiais a terem dúvidas e receio de como agir nas ocorrências policiais contra quadrilhas armadas e que roubam bancos na madrugada?
Poderia sugerir: a inócua formação, treinamento e capacitação descontinuada existentes nas corporações, falta de normas gerais de ação, ausência de procedimentos operacional padrão policial em ocorrências, falta de seleção com perfil profissiográfico, inexistência de tecnologias e recursos humanos, carência dos meios para treinamento dos policiais, ausência de uma política de valorização policial, péssimos salários.
Faltam equipamentos e recursos matérias adequado ao enfrentamento a este tipo de crime. Exatamente por que falta uma política Criminal e de Segurança Pública. Os constantes confrontos armados têm levado os policiais a se depararem com infinitas penalidades, tais como: As possibilidades de terem suas vidas ceifadas; a execração pública e continuada que o faz perder a energia para trabalhar e produzir na defesa da sociedade quando supostamente cometem erros, como se assim o fosse uma regra, e não o é; e a possível condenação na justiça, esperando o tribunal que o policial, antes morresse.
Estes eventos têm tomado de refém até mesmos os mais insistentes policiais. No Brasil, são constantes as explosões em agências bancarias ou unidades financeiras, e ocorrem geralmente nos períodos noturnos, exatamente onde os poucos policiais que ficam na rua, se sentem sem apoio, enquanto todo sistema criminal “está dormindo”.
Como enfrentar bandos armados com fuzis e armas com calibres bem superior ao da Polícia? Em viaturas sem equipamentos, sem tecnologia, sem apoio policial e com comunicação deficiente? O que espera a sociedade e o governo, que os policiais façam? Desta forma os constantes confrontos, mortes de policiais e perseguições sofridas pelos agentes da Lei têm levado os policiais do Brasil a reclamar da falta de apoio e proteção do Estado e da sociedade. Sendo assim quando e como agir frente a criminalidade?
Bandidagem que se utiliza de armas bélicas (Rifle de Assalto Kalashnikov AK-47, Sub metralhadora USE, Fuzil Cal. ponto .50 e até granadas), além de estratégias criminosas! 59.5 mil mortes violentas em único ano, neste caso em 2014, segundo o Mapa da Violência do Brasil, construído pelo IPEA, e o que dizer das mortes de policiais em detrimentos de suas profissões, fato este que revela bem a fragilidade da profissão e a omissão do Estado.
A verdade é que os policiais também estão sendo vítimas da violência e do preconceito violento e dá criminalidade sem controle. Parte significativa da Polícia brasileira padece com a falta de uma Política Nacional de Segurança Pública. Desta forma, o estado brasileiro é o maior responsável pela Violência e Insegurança no Brasil.”
O Sargento Astronadc Pereira de Moraes também tem página no face em https://www.facebook.com/astronadcpereira.pereira.9?fref=ts