SEGREDOS DA CALVÁRIO (vídeo) Orcrim desviou R$ 134 milhões da Educação em propinas sobretudo para enriquecimento ilícito
Durante participação no programa Intrometidos, na noite desta segunda (dia 22), o coordenador da Controladoria-Geral da União na Paraíba, Severino Queiroz, revelou que, nas últimas fases da Operação Calvário, voltada apenas para a área de Educação, os danos ao erário já atingem R$ 134 milhões.
Segundo Severino Queiróz (a partir do momento 5:44 no vídeo abaixo), os percentuais de propina em todos os contratos de compras de livros e material didático “iam de 10% a 30%, mas nessa última fase (11ª e 12ª da Calvário), nós pegamos um contrato que foi a 45% só de propina, então um contrato de R$ 4,5 milhões, então R$ 2 milhões e um pouquinho foi de propina, ou seja, quase 50%”.
TRECHO DA DENÚNCIA DO GAECO…
Em outro momento da entrevista (a partir de 12:36), o coordenador da CGU também observa que a maior parte do dinheiro desviada pela organização criminosa desbaratada pelo Gaeco, era para enriquecimento ilícito, e não para campanhas eleitorais: “O que se tem nas colaborações, apenas a alimentação da máquina para se manter no poder do que fui utilizado foi bem pouco.”
Como se sabe, a defesa de integrantes da Orcrim tem argumentado que os crimes foram da esfera eleitoral, para, obviamente, levar os processos para a Justiça Eleitoral, onde o julgamento dos feitos apresenta resultados bem frustrantes. Haja vista, por exemplo, o julgamento das Aijes que pediam a cassação de Ricardo Coutinho, só ocorrido após o término de seu mandato.
Ainda segundo Severino Queiróz, o grande objetivo da Calvário, a partir de agora, é tentar recuperar pelo menos uma parte do dinheiro que foi desviado pela organização criminosa.
CONFIRA VÍDEO DA ENTREVISTA…