SEGUE A CALVÁRIO Polícia Federal nega que o governador tenha sido alvo de fase 9 da operação
A Polícia Federal negou no final da manhã desta terça (dia 27), que o governador João Azevedo tenha sido alvo da Operação Calvário 9, que cumpriu mandados de buscas e apreensão na Paraíba e Brasília, e que envolveu o Artur Cunha Lima e mais dois conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. As declarações foram dadas pelo delegado federal Conrado de Almeida.
O governo do Estado, através da Secretaria de Comunicação, já havia divulgado nota, negando reportagem do jornal Valor (Globo), indicando que João Azevedo também teria sido alvo da operação. Segundo a nota, o “Governo do Estado da Paraiba e o governador João Azevêdo estão sendo vítimas de mais fake news e mentiras”. A reportagem foi publicada em https://glo.bo/34v5k76.
Esquema – Delações do lobista Daniel Gomes da Silva à Procuradoria-Geral da República revelaram o funcionamento do esquema combinado entre agentes públicos, incluindo conselheiros, e representantes de organizações sociais. Também constam nos autos escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, como embasamento para a denúncia dos envolvidos.
Os mandados foram assinados pelo ministro Francisco Falcão, relator da Calvário no Superior Tribunal de Justiça. Falcão, em decisões anteriores, já havia mandado afastar os conselheiros Artur e Nominando Diniz, além de citar André Carlo Torres Pontes. Afora a busca e apreensão em residências dos envolvidos, o ministro determinou o bloqueio de $ 23,4 milhões dos suspeitos para “reparação por danos morais e materiais”.
Desvio – As investigações apontaram que, entre 2011 e 2019, somente em favor das organizações sociais contratadas para gerir os serviços essenciais da Saúde e da Educação, o governo da Paraíba empenhou R$ 2,4 bilhões, tendo pago mais de R$ 2,1 bilhões, dos quais estima-se um dano ao erário de mais de R$ 134 milhões, somente em propinas pagas a agentes públicos.