Imagine, meu caro Paiakan, um casal em conflito tendo que conviver até abril do próximo ano, até decidirem pela separação litigiosa. Pois esse parece ser o caso do enlace entre União Brasil e Progressistas, que defendem posições diametralmente opostas em relação às eleições do próximo ano.
O União do senador Efraim Morais já assumiu romper com o presidente Lula e assumir apoio a Bolsonaro, ou qualquer outro indicado pelo ex-presidente para a disputa das urnas de 2026. Já o Progressistas do deputado Aguinaldo Ribeiro prefere seguir com o apoio a Lula, tanto que seu candidato a governador, Lucas Ribeiro, já assumiu que pretende disputar as eleições do próximo ano em dobradinha com o petista.
Esse o embate em jogo para ver que irá assumir o comando da federação oficializada nesta terça-feira (19/08), em Brasília. Se a definição saísse logo, era inevitável que o lado perdedor preferisse deixar o agrupamento para poder disputar as eleições do próximo. Mas, manter o suspense até abril do próximo obrigará a uma convivência compulsória entre os lados contrários, dormindo em camas separadas, até o desfecho final.
A decisão não agradou Aguinaldo, meu caro Paiakan, que preferiu definir logo quem comandará a federação. O senador Efraim, por alguma razão, comemorou o adiamento.