SEGUE A CALVÁRIO Gilmar nega pedido de Veras para ter mesmo benefício dado a Ricardo Coutinho de tirar a tornozeleira
Integrantes da suposta organização criminosa desbaratada pelo Gaeco, no âmbito da Operação Calvário, devem se perguntar: por que somente Ricardo Coutinho teve autorização do ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal) para tirar a tornozeleira? Nem Coriolano, o primeiro irmão, teve essa regalia.
É o caso, por exemplo, da ex-secretária Cláudia Mascenas Veras (Saúde). Cláudia recorreu, mais uma vez, pelo relaxamento das medidas restritivas, como o uso da tornozeleira, mas Gilmar Mendes negou, para “evitar o risco de reiteração delitiva e resguardar a ordem pública”.
Cláudia fez parte do grupo de 17 pessoas que tiveram a prisão decretada no âmbito da Operação Calvário 7 (Juízo Final). Veras, contudo, não foi encontrada pela Justiça, e só reapareceu depois que o Superior Tribunal de Justiça relaxou a prisão de todos os envolvidos, a partir do ex-governador Ricardo Coutinho.
Entretanto, a partir de fevereiro de 2020, passou a usar tornozeleira eletrônica, por determinação do desembargador Ricardo Vital, relator da Calvário junto ao Tribunal de Justiça.
Veras é investigada no âmbito da Calvário sob a acusação de participação no esquema criminoso que foi desbaratado pelo Gaeco, desde dezembro de 2018, com início da operação.
Ricardo Coutinho – Em agosto de 2o20, o ministro Gilmar Mendes dispensou Ricardo Coutinho de uso da tornozeleira eletrônica. Gilmar atendeu pedido dos advogados, sob a alegação que o ex-governador corria o risco de contrair Covid, toda vez que precisava fazer manutenção do rastreador, quando apresentava problemas.
O uso da tornozeleira foi imposto pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da Calvário no TJ, como medida cautelar completar às demais adotadas pelo STJ.
Ricardo Coutinho, como se sabe, foi preso, em 19 de dezembro de 2019, e dois dias depois, solto por decisão do ministro Napoleão Nunes Maia (STJ).