Sem ajuda do Governo pesquisadores da Paraíba fazem “vaquinha” para estudar a microcefalia
A informação ganhou manchete nacional. Segundo a Agência Brasil, pesquisadores da Paraíba estão tendo que fazer uma “vaquinha”, através do site colaborativo Catarse, para estudar a microcefalia, porque o Governo do Estado se recusa a fazer uma parceria pela construção de um centro de referência em estudos sobre a doença.
Até o final da tarde desta segunda (dia 30), 56 pessoas haviam contribuído com a campanha tocada pelo Ipesq (Instituto Prof. Joaquim Amorim Neto), totalizando R$ 12,9 mil, muito aquém dos R$ 200 mil necessários para a construção do prédio. Há poucos dias, a Prefeitura de Campina Grande fez a doação de um terreno e um projeto arquitetônico. Interessados em doar devem ir em https://goo.gl/IaCSgj.
Segundo Adriana Melo, médica que primeiro identificou a relação entre Zica e microcefalia, “para que a gente possa entender a doença, precisamos de estrutura e Não dá para estudar o ouvido da criança (com síndrome congênita do Zika) em um lugar, o olho em outro, o cérebro em outro. Não dá para dissociar os efeitos”. Adriano também é presidente do Ipesq.
“Para as pesquisas que desenvolvíamos, a estrutura de nosso grupo era o suficiente. Usávamos uma sala da minha clínica. Depois que passamos a receber as gestantes que tiveram Zika, a prefeitura nos disponibilizou um hospital com estrutura pequena. Acompanhamos 60 bebês com microcefalia, mas o ideal era que acompanhássemos também os bebês cujas mães tiveram Zika e não nasceram com a malformação. Só que não temos nem estrutura nem dinheiro”, disse Adriana.
Mais em http://goo.gl/0IdBjo