Sem favorito fica acirrada a disputa entre Romero e Tatiana em Campina

Pode até ser que as urnas de 28 de outubro em Campina Grande mostrem outra realidade, mas o fato é que uma campanha que se iniciou francamente favorável ao candidato Romero Rodrigues, vive hoje um outro cenário. O candidato tucano talvez ainda lidere as pesquisas, mas certamente não lidera mais o favoritismo da disputa de segundo turno.

Aliás, essas eleições em Campina Grande já registraram várias reviravoltas. Nos primórdios, por exemplo, a deputada Daniella Ribeiro era vista como praticamente imbatível. A ex-candidata do PP passou boa parte da temporada na liderança das pesquisas e, no final do primeiro turno, sequer conseguiu passaporte para a prorrogação do segundo turno.

É que no meio do caminho surgiu a chapa Romero e Ronaldo Cunha Lima Filho, urdida pelo senador Cássio, que ascendeu de forma meteórica, bafejada, claro, pelo prestígio do tucano e o forte sentimento de solidariedade, após a morte do ex-governador Ronaldo Cunha Lima. Foi então a vez da chapa RR voar em céu de brigadeiro. Quase leva a disputa já no primeiro turno.

E esse foi o problema. Deixou que uma candidata praticamente desconhecida crescesse na disputa. Para quem partiu praticamente do zero, Tatiana Medeiros já pode se considerar o fenômeno da eleição em Campina. Tudo graças, obviamente, ao prestígio do prefeito Veneziano, que conseguiu o que parecia impossível, ao colocar sua candidata na disputa.

Na virada pro segundo turno, Romero partiu com uma margem elástica de quase 15% sobre Tatiana. Mas, o que se viu, nos últimos dias, foi a diferença diminuindo gradativamente, conforme as mais recentes pesquisas. Assim, a disputa que parecia ganha para o tucano, experimenta um momento de perplexidade, com a aproximação de Tatiana no retrovisor.

A última pesquisa divulgada pelo Ibope já registrava uma diferença de apenas 8%. Quase a metade do que fora na virada do primeiro turno. Os tucanos negam que a margem de Romero sobre Tatiana esteja diminuindo, mas os peemedebistas alegam ter números atestando a mudança no quadro.

Mas, em Campina é assim. Não tem perigo de haver eleição sem emoção. Resultado: sem favoritos, nessa reta final, quem vencer a parada será por uma diferença pequena. A menos que algum fato novo ocorra até domingo, capaz de mudar mais uma vez a dinâmica da campanha.