SEM QUALQUER PUDOR (áudio) Ricardo tacha Ministério Público de “escroto” durante conversa pecuniária com Daniel Gomes
É certo que existem várias conversas entre o ex Ricardo Coutinho e Daniel Gomes da Silva, um chefe da organização criminosa na Paraíba (conforme revelou Daniel) e o outro, cabeça do esquema corrupto no Rio de Janeiro (conforme os autos). Num desses didáticos diálogos, Ricardo Coutinho perde as estribeiras, e chefe a tachar integrantes Ministério Público de “imbecis” e “escrotos”.
Conforme as investigações, foram mais de mil horas gravadas por Daniel Gomes da Silva, preso em 14 de dezembro de 2018, quando retornava de uma viagem a Portugal. A maioria dos áudios travados com Ricardo Coutinho, preso em 19 de dezembro, quando retornava de viagem ao exterior, revela diálogos tratando de propinas, doação de ingressos para shows e até pagamento 13º da rapinagem contra os cofres públicos.
Neste áudio em especial, os dois comparsas, aparentemente, tratam de investigações do MP sobre os contratos de terceirização do Hospital de Trauma e outros, que foram, no primeiro momento, referendados pelo Tribunal de Contas do Estado.
Como resultado, três conselheiros são citados no despacho do desembargador Ricardo Vital, sendo que foram afastados por ordem do Superior Tribunal de Justiça, por suposta leniência no caso: Artur Cunha Lima e Nominando Diniz. André Carlo Torres foi o terceiro citado.
CONFIRA O TRECHO DO ÁUDIO…
TRANSCRIÇÃO DAS FALAS…
Ricardo Coutinho: “Você viu o imbecil do Ministério Público, escroto, querendo extorquir o Estado com a história do [inaudível], a primeira contratação, porque não teve processo licitatório”.
Daniel Gomes: “Mas isso é antigo, esse processo não é novo, não. O TCE [Tribunal de Contas do Estado] já julgou isso”.
Ricardo Coutinho: Tá lá um recado…
Daniel Gomes: Esse caso específico, o TCE já fez o julgamento e… é o Gilberto [Carneiro da Gama, ex-procurador-geral do Estado] que está [inaudível]?
Ricardo Coutinho: E era emergência.
Daniel Gomes: Era emergência, a lei prevê. Seis meses, mais seis meses.