SERIAM DOIS PESOS? Envolvidos na Calvário questionam nos tribunais de Brasília ainda usarem tornozeleiras se Ricardo Coutinho não usa mais
Se perguntar não ofende, esta é uma pergunta que têm feito os demais integrantes da organização criminosa desbaratada pela Operação Calvário, que ainda usam tornozeleira e cumprem medidas cautelares, como a proibição de deixar a comarca e circular à noite. A indagação tem sido feita em recursos junto aos tribunais superiores em Brasília, depois que o ex-governador Ricardo Coutinho foi beneficiado com o relaxamento dessas medidas.
O pedido foi feito pela prefeita Márcia Lucena e outros envolvidos no esquema. A alegação é que haja simetria nas decisões dos tribunais. Tipo: se houve o benefício para um dos integrantes, como foi o caso do ex-governador, que seja estendido aos demais. Os recursos estão sendo encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, especialmente a ministra Laurita Vaz, relatora dos feitos da Calvário na corte
Gilmar – Como antecedentes, a curiosidade é que, no início do mês agosto último passado, o ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal), concedeu a retirada da tornozeleiras de Ricardo Coutinho, mas já negou o benefício aos demais.
Laurita – Em agosto último, a 6ª Turma do STJ, com o voto da ministra Laurita, foram mantidas as medidas cautelares alternativas à prisão aplicadas pelo desembargados Ricardo Vital a Márcia Lucena e Coriolano Coutinho, ambos denunciados no âmbito da Calvário.