Sindicato alerta que “outras tragédias como a do Lar do Garoto podem ocorrer porque o problema persiste”
“Outras tragédias podem acontecer em outras unidades socioeducativas, porque as condições precárias não mudaram, desde o que ocorreu no Lar do Garoto”, foi o que alertaram, durante o programa Intrometidos dessa segunda (dia 5), Lúcia Brandão e Márcio Felipe, diretores do Sintac (Sindicato dos Funcionários da Fundac).
Eles informaram que, durante recente audiência pública ocorrida na Assembleia, para debater o problema das unidades e dos servidores, a direção da Fundac rebateu as imagens que foram exibidas, na sessão, mas, “se alguém for nas unidades, agora, vai constatar aquele mesmo cenário que foi mostrado na Assembleia, na audiência solicitada pelo deputado Raniery Paulino”.
Para os sindicalistas, o quadro de superlotação denunciado no Lar do Garoto, e que levou à tragédia no último sábado, se reproduz em outras unidades. Para se ter uma ideia, um relatório produzido pela própria Fundac mostrava que, em março deste ano, havia 646 adolescentes nas oito unidades, que comportam, no total, apenas 305.
“No Lar do Garoto, por exemplo, havia 195 adolescentes, quando a lotação comportaria apenas 46, então é o cenário, que não mudou”, lamentam Lúcia e Márcio.