Sindipetro rebate presidente das Docas e diz que seria leviano não alertar sobre risco de Cabedelo perder tancagem para Suape
Mais um capítulo no Caso do Porto de Cabedelo. Após declarações da presidente das Docas da Paraíba, Gilmara Temóteo, de que o presidente do Sindipetro, Omar Aristides Hamad Filho deu declarações “totalmente irresponsáveis” sobre a falta de infraestrutura do Porto, o dirigente sindical afirmou que seria leviano não chamar a atenção para a gravidade da situação.
Como se sabe, a Paraíba corre o risco iminente de perder a estocagem (tancagem) de combustíveis da Transpetro para Pernambuco. Com isso o Porto de Cabedelo pode perder grande parte de sua movimentação, caso seja confirmada essa transferência para o Porto de Suape. O presidente do Sindipetro alertou para esse risco e foi rebatido pela presidente das Docas.
Em nota, Omar disse não querer polemizar sobre o tema, por entender que o momento exige união e soluções efetivas. Segundo ele, a Transpetro trabalha para retirar toda a sua logística de distribuição de combustíveis da Paraíba, uma vez que o Porto de Cabedelo não atende aos atuais parâmetros de infraestrutura da atividade de cabotagem, o que já vem sendo feito paulatinamente, considerando a redução de quase 80% das operações nos últimos meses.
E pontuou: “Para se ter ume idéia, de um movimento mensal de quase 80 mil toneladas de granéis liquidos, nos últimos meses, o Porto de Cabedelo vem recebendo apenas uma média de 24 mil toneladas, o que representa uma redução de quase 80% na movimentação de cabotagem.”
Para ilustrar a situação que a Paraíba atravessa, Omar cita publicações nacionais que apontam o Complexo de Suape, como porto líder e movimentador de granéis líquidos, desde a implantação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco no final de 2014.
Suape – De janeiro a julho deste ano, a movimentação de petróleo cresceu 87,35%, na comparação com igual período de 2015, e o Porto de Suape alcançou a marca de 2,7 milhões de toneladas movimentas nos sete primeiros meses do ano, ante os 1,4 milhão de toneladas do mesmo intervalo anterior. “Alguma coisa precisa ser feita, porque, do contrário, perderemos o pouco que já temos”, finalizou.