SINUCA DE BICO A quem João Azevedo vai entregar vice: a Aguinaldo Ribeiro ou a Hugo Motta?
Há quem especule que ter excesso de pretendentes é melhor do que ter nenhum. No entanto, também há quem fale em sinuca de bico. Trata-se da intrincada novela para indicação do pretendente a vice na chapa do governador João Azevedo (PSB).
Logo após a desistência do deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) da disputa ao Senado, ficou a impressão que o seu partido iria indicar o vice de João. Muitas especulações na praça, mas o nome do grupo mais celebrado passou a ser o do vice-prefeito Lucas Ribeiro.
Mal assentou a poeira, veio a reação do Republicanos. O deputado Hugo Motta cuidou logo de avisar que a indicação de Lucas Ribeiro desagradava ao partido, e insistia em querer ser ouvido, antes de qualquer indicação do pré-candidato. Foi uma ducha fria.
Pior: o Republicanos decidiu pisar no acelerador. Além de insistir que permanecerá no apoio ao deputado pré-candidato Efraim Filho (União Brasil), o partido passou a cobrar a indicação do vice, no lugar de Lucas, e chegou a sugerir o deputado Wilson Filho e o ex-senador Raimundo Lira…
Porém, quem mais demonstrou desejo em ocupar o posto foi o deputado Adriano Galdino, que revelou: “Tenho andado, nos últimos dias, com o governador e por todo o Estado onde chegamos, todos perguntam se eu serei o vice dele, na frente dele, chega a ser constrangedor.”
O Progressistas, neste momento, se mantém em silêncio, diante do barulho feito pelo Republicanos. Então, resta a indagação: se João confirmar Lucas, o Republicanos irá permanecer na sua base? Ou, por outra, se o Republicanos indicar o vice, o Progressistas se manterá como aliado?
O que, obviamente, está em jogo é o fato de que, na hipótese de uma reeleição de João, o vice, muito provavelmente, irá assumir o governo, diante da possibilidade de Azevedo deixar o governo, em 2026, para disputar o Senado ou a deputação federal. Pode ser Lucas, do Progressistas, ou Galdino, do Republicanos.
Até onde a vista alcança, e diante do acirramento entre Progressistas e Republicanos, a impressão reinante é que João vai precisar fazer mágica para manter os dois partidos sob seu guarda-chuva, após decidir seu companheiro de chapa.