O que seria esperado para o início de 2026 terminou ganhando temperatura nas últimas horas. Meu caro Paiakan, o senador Efraim Filho (União Brasil) e o vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas) anteciparam para já um embate que parece sinalizar como não existe muita química na federação entre os dois partidos.
Nos capítulos iniciais, Efraim sinalizou que o União teria mais envergadura para assumir o comando da federação na Paraíba. Mas, recebeu pressão do Progressistas, e passou a admitir uma gestão tipo guarda compartilhada. Também defendeu uma pesquisa entre ele e Lucas para escolher o candidato a governador do novo agrupamento.
Lucas não se agradou muito dessa, digamos, arquitetura, e chegou a censurar a proposta: “Efraim precisa, acima de tudo, ter humildade nos posicionamentos. Precisa ter os pés no chão, que toda pessoa precisa ter na condição de qualquer tema, porque como diz a palavra (da Bíblia): a soberba precede a ruína.”
E voltou a lembrar que, sendo ele vice-governador, há grandes chances de assumir o Governo em abril do próximo ano, uma vez que o governador João Azevedo tem sinalizado interesse em seu desincompatibilizar para disputar o Senado. Nesse cenário, no Governo, Lucas seria candidato natural à reeleição.
Bem, nem é preciso dizer que Efraim não gostou e cuidou de acionar os rojões de seu foguete, afirmando que Lucas só conquistou “cargos (no caso, vice-governado) por causa da sua origem familiar e de que apesar de jovem na idade praticar a velha política”. Além de insistir na pesquisa, ironizando que Lucas estaria com medo de ser submetido ao crivo opinião público.
Resumo da ópera: a federação pode fazer água, por conta do problema localizado na Paraíba. Sempre esteve óbvio que o União não aceita ser comandado pelo Progressistas, que tem aliança firme com o governador João Azevedo. De outro lado, o Progressistas, com reais chances de assumir o Governo, não admite se submeter ao comando do União que lhe faz oposição.
Está um nó cego dificil de ser desatado, meu caro Paiakan.