O vereador Raoni Mendes (DC), pelo visto, não suportou a pressão. Seus adversários foram com todo gás. Na manhã desta desta quinta-feira (18/09), ela anunciou sua renúncia à presidência da CPI dos Combustíveis da Câmara de João Pessoa, posto para o qual havia sido indicado pelo vereador-presidente Dinho Dowsley.
Raoni destacou, em nota, que a Comissão foi instalada em conformidade jurídica e regimental, observando todos os requisitos legais e regimentais e, apesar de sua escolha ter sido legal, um requerimento articulado por dois vereadores, Fábio Lopes (PL) e Guga Moov Jampa (PSD), provocou a paralisação dos trabalhos.
Argumentou Raoni: “O uso desequilibrado e distorcido de mecanismos regimentais não fortalece esta Casa, pelo contrário, a fragiliza. Uma CPI deve ser instrumento nobre de fiscalização, não palanque político nem arena de disputas pessoais.”
Raoni acrescentou que deixa como legado o chamamento para que o Ministério Público acompanhe de perto os trabalhos da CPI, além da apresentação de um plano preliminar de atividades, já considerando o prazo regimental de 120 dias para conclusão das investigações.
O vereador reforçou que sua decisão respeita o Regimento Interno da Câmara: “Renuncio para não ser instrumento ou cúmplice da transformação da CPI em espaço de vaidades e cortes em redes sociais que visam apenas engajamento, em detrimento da verdade que a sociedade merece conhecer.”
Desde que foi indicado, havia uma pressão do vereador Guguinha, autor do pedido de instalação da CPI, para que deixasse a presidência da comissão.