SUBIU O TOM Cícero reafirma disposição de disputar Governo e pede “bom-senso” do PP na escolha do candidato

O que poderia ser uma vantagem do Progressistas, que é ter mais de um candidato com potencial para a disputa ao Governo, pode começar a se tornar um problema, meu caro Paiakan.

Diante da provável desincompatibilização do governador João Azevedo, próximo ano, para disputar o Senado, o vice Lucas Ribeiro (Progressistas) assume o Governo e, segundo admite o próprio Azevedo, poderá ser o candidato “natural” à reeleição.

Ocorre que, no paralelo, outro nome do partido, o prefeito Cícero Lucena, também mira a disputa, estimulado pelo número das pesquisas. Cícero tem percorrido o Estado em sua peregrinação, e, aparentemente, tem tomado gosto, por conta da receptividade.

Resultado: o Progressistas tem dois candidatos, mas precisa escolher um, sem desmerecer o outro. Neste raciocínio se inserem as recentes declarações de Cícero, alertando que o partido precisa ter bom-senso para a escolha do candidato.

“Eu espero que o partido e a base do Governo tenham bom-senso na escolha do candidato”, advertiu Cícero, e, já investido da condição de pré-candidato, arrematou: “Só aceito ser descartado (da disputa) pelo povo ou por Deus.” Foi um recado direto.

Resultado: cacifado pelas pesquisas, Cícero, aparentemente, não aceitará ser ejetado da chapa majoritária, a menos que o partido apresente indicadores concretos da viabilidade eleitoral de Lucas. Por conta desse impasse, é que a oposição aposta na possibilidade de Cícero vir, inclusive, a deixar o partido.

Resta aguardar, meu caro Paiakan, os desdobramentos. Mas, pelo visto, Cícero está determinado.