SUBIU O TOM Efraim prega impeachment de Moraes: “Ouvi as ruas e fui o único senador da Paraíba a assinar pedido”

O senador Efraim Filho (União Brasil) decidiu subir o tom na defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal). Segundo o parlamentar, com 41 assinaturas, “a maioria do Senado já decidiu que processo de impeachment deve ser aberto”.

Para Efraim, “o movimento pelo impeachment de Moraes deve seguir, mesmo diante da resistência do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e seguirá ativo para ampliar o apoio de parlamentares”. E ainda: “Eu ouvi as ruas, e o que mais se fala é no impeachment do ministro. O Congresso precisa ecoar a voz popular.”

O senador adiantou que o pedido de afastamento de Moraes está associada a a outras pautas, como a anistia a manifestantes de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado. “Esses temas têm diálogo entre si. O impeachment de Alexandre de Moraes é o que mais conversa com o que ouvimos nas ruas. ”

Sobre as condenações pelo 8 de Janeiro, Efraim classificou como abusivas, citando o caso de Débora condenada a 14 anos de prisão por escrever com batom numa estátua: “Nem traficantes, homicidas ou estupradores muitas vezes têm uma pena dessas. É precisar coibir os excessos do ministro.”

Do ponto de vista técnico, Efraim apontou “dois pesos e duas medidas” em decisões do tribunal, comparando casos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e processos da Lava Jato. Ele também questionou situações em que, segundo ele, Alexandre de Moraes teria atuado como “vítima e julgador” no mesmo processo.

Apesar das assinaturas para abertura do processo, Efraim reconheceu que ainda não há o número necessário para cassar o ministro — 54 votos, o equivalente a três quintos do Senado. “Não se trata apenas de abrir, mas de concluir o processo com a votação necessária. É uma construção política, assim como foi no impeachment de Dilma Rousseff, quando também tive coragem de votar a favor”, completou.