Sucatóptero: departamento suspende licença e helicóptero do Estado está impedido de voar
Há poucos dias, o deputado Tovar Correia Lima revelou ter recebido denúncia de que o helicóptero do Estado se encontrava desmontado, aguardando uma peça que viria da Alemanha, mas que dificilmente voltaria a voar por conta de outras falhas mecânicas. Bem, uma certidão obtida junto ao DAC (Departamento de Aviação Civil) revela que a aeronave está impedida de voar…
Ou seja, ainda que estivesse em condições técnicas, não poderia voar. O motivo: o seu CA (Certificado de Aeronavegabilidade) está suspenso, por estar com a sua IAM (Inspeção Anual de Manutenção) vencida, desde… agosto de 2016. A IAM informa à autoridade da Aviação Civil, que a aeronave está com a documento em dia e, especialmente, recebeu a devida manutenção técnica conforme a cartilha do fabricante”.
“Como a Inspeção Anual de Manutenção não possui extensão, a aeronave estará automaticamente interditada se uma nova IAM não for atestada um ano após a última execução desta inspeção”, revelou ao Blog um funcionário do DAC.
Compra questionada – A aeronave, que é mais conhecido entre policiais como sucatóptero (por estar quase sempre quebrado) foi comprada pelo Governo do Estado em setembro de 2014, em pleno período da efervescência eleitoral, desde que foi adquirido tem sido motivo de polêmicas. De início, foi alvo de uma ação movida por 40 procuradores do Estado.
Havia então a suspeita de superfaturamento. A ação foi, inicialmente, arquivada pelo juiz Aluízio Bezerra, mas, no mês de março, a 1ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça decidiu anular a sentença e levar a denúncia a julgamento.
Depois que foi entregue à Polícia Militar em 19 de setembro do ano passado, descobriu-se que o aparelho teria custado aos cofres públicos R$ 9.645.645,40 (nove milhões seiscentos e quarenta e cinco mil seiscentos e quarenta e cinco reais e quarenta centavos), quando o preço de mercado de aparelho similar estaria pouco acima de R$ 7 milhões.