Supremo afasta Aécio “mineirinho” e sinaliza o triste fim do herdeiro político de Tancredo
O senador Aécio Neves até não teve a prisão decretada. Não formalmente. Mas, não há como negar que a decisão do Supremo de impor um regime domiciliar noturno equivale a uma prisão. Ele pode até ser socorrido pelo Senado, com a revogação da decisão do STF, mas a verdade é que está politicamente carbonizado. E não é pouco para quem quase foi eleito presidente da República, em 2014.
Talvez não seja exagero afirmar que o parlamentar mineiro, ou mineirinho, está fora dos próximos embates políticos. Sua imagem, hoje, é de um político que se cumpliciou com a roubalheira generalizada. E, apesar de ser oposição aos Governos de Lula e Dilma, fica explícito que ele brincou com fogo. De um lado, posou de oposicionista, de outro, trocou cartas com os petistas. Por baixo da mesa.
Se não perder definitivamente o mandato, por via judicial, enroscado que está no olho do furacão das traquinagens flagradas pela Lava Jato, é induvidoso que, a preço de hoje, terá muitas dificuldades para se manter em cena por via eleitoral. Pelo menos não com um projeto nacional. Triste fim para o último ramo da árvore política de Tancredo Neves.