Eis que a sorte de Coriolano Coutinho teve um desfecho. Na verdade, pouca sorte. O ministro Gilmar Mendes, relator dos feitos da Operação Calvário junto ao Supremo Tribunal Federal acaba de despachar no habeas corpus impetrado por seus advogados para tirar a tornozeleira. E Gilmar negou o pedido.
Em 4 de agosto de 2020, Gilmar atendeu pedido da defesa de Ricardo Coutinho e mandou, em decisão liminar, retirar sua tornozeleira. A alegação era de que o ex-governador poderia contrair Covid, uma vez que, segundo seus advogados, precisou sair várias vezes de casa para consertar o rastreador que vinha apresentando problemas técnicos.
O Ministério Público recorreu da decisão mas, sete meses depois, e o ministro ainda não deu tramitação ao julgamento do processo, para confirmar se o ex-governador segue sem tornozeleira, ou volta a usar o rastreador como os demais integrantes da Orcrim.
Alguns meses depois, advogados de Coriolano impetraram, junto ao STF, ação similar (à de Ricardo) para ele fosse beneficiado com a extensão da decisão de Gilmar. Outros integrantes da organização criminosa seguem usando tornozeleiras.