SURREALISMO NA PANDEMIA Quando professores são tratados sem prioridade num País que não prioriza Educação
O final de semana foi marcado por uma polêmica, dentre as muitas que têm marcado a praça nesses tempos de pandemia. Trata-se da prioridade para vacinação de professores adotada pela prefeitura de João Pessoa, que foi rechaçada pelos Ministério Públicos Federal e do Estado.
A ofensiva dos MPs, obviamente, nem é de se estranhar num País que pouca prioridade dá para a Educação. Os presidiários merecem prioridade, até por estarem sob custódia do Estado e em situação de vulnerabilidade, mas colocar os professores como prioridade menor chega a ser surrealismo.
Sem a imunização dos professores, a perspectiva de volta às aulas presenciais segue como uma miragem. São milhares de alunos que estão há mais de um ano submetidos a um precário regime de aulas não-presenciais, com graves prejuízos para o seu futuro.
Impressiona que a iniciativa tenha partido de um segmento que deveria zelar por valores como a Educação. O que justifica este tipo de ofensiva só pode ser a influência que tempos tão sombrios causam em algumas pessoas. Chega a ser risível. Com todo respeito aos que fazem o Ministério Público.