SURTO DE SINCERICÍDIO Secretário diz que intervenção no Trauma gerou economia de R$ 26 milhões e confirma que governo contratou codificados
Coube ao secretário Geraldo Medeiros (Saúde) assumir, pela primeira vez, que a contratação de organizações sociais causou prejuízos ao Estado. Durante audiência pública na Assembleia, Geraldo também admitiu a existência de codificados na folha funcional do governo Ricardo Coutinho. Essa era uma informação que, pelo menos até agora, vinha sendo negada por auxiliares do governo.
Ainda segundo o atual secretário, os cofres paraibanos economizaram mais de R$ 26 milhões com a intervenção no Hospital de Trauma de João Pessoa, que foi decretada pelo governador João Azevedo, depois que a Operação Calvário desbaratou uma organização criminosa que atuava infiltrada no hospital, e que movimentou, no conjunto da obra, cerca de R$ 2 bilhões.
Segundo o Gaeco, mais de R$ 200 milhões teriam sido usados apenas no pagamento de propinas, naquele que é o maior escândalo de corrupção da Paraíba, e um dos maiores do País.
Acqua – Ainda assim, Geraldo defendeu o Instituto Acqua, que substituiu a Cruz Vermelha na gestão do Trauma, mesmo considerando que a organização social responde a diversos processos judiciais: “Foi a única instituição que conseguiu se habilitar e o contrato é temporário, de seis meses, para que o Trauma não sofra problemas de continuidade.”
Nota – A partir da intensa repercussão das suas declarações, e que teriam sido ampliadas pela oposição, o secretário divulgou uma nota. Confira a sua íntegra…
Sobre matéria publicada em portais de notícias nesta quinta, 15 de Agosto, repercutindo a fala do secretário de Saúde, Dr. Geraldo Medeiros, durante Audiência Pública de Prestação de Contas dos recursos investidos em saúde referente ao 1º Quadrimestre de 2019, a Secretaria de Estado da Saúde repõe a verdade ao esclarecer que:
- O Secretário, Dr. Geraldo Medeiros, NÃO afirmou que o Estado da Paraíba fez pagamentos em duplicidade a Cruz Vermelha Brasileira, Organização Social que administrou o Hospital de Trauma de João Pessoa. Após a apresentação, deputados questionaram sobre o bloqueio dos recursos repassados a Gerir, Organização Social que Administrava o Hospital Regional de Patos e a Maternidade Peregrino Filho, neste momento o secretário afirmou que,”para não haver duplicidade de pagamento a Gerir, o Estado consultou os órgãos de controle e a justiça do trabalho, para que pudesse garantir o funcionamentos dos hospitais e o pagamento dos servidores sem o descumprimento da lei.
2. O Secretário também NÃO afirmou que a gestão direta é mais barata que a realizada por OSs. A pergunta feita pela deputada era sobre a diferença do repasse entre as unidades de gestão própria e as geridas por OS. O secretário explicou que os custos são semelhantes, uma vez que nas unidades com gestão própria a folha de pagamento de pessoal são realizadas pela Secretaria de Administração e os contratos de manutenção de equipamentos são realizados diretamente pela SES. Nas unidades de gestão compartilhada, todos estes custos estão inclusos no contrato .
Por fim, o secretário reafirma a importância da Assembleia Legislativa nos espaços de debate democrático e de prestação de contas para a população.