SUSPEITA NA CALVÁRIO Ministério Público receia que empresa citada nas investigações pode estar encerrando atividades
Uma curiosidade tem chamado a atenção de alguns integrantes do Gaeco. Há a suspeita de que Grafset, uma das empresas citadas na Operação Calvário, poderia estar encerrando as suas atividades. Consta que a gráfica, que foi fornecedora do Município de João Pessoa e do governo do Estado, especialmente nas gestões de Ricardo Coutinho, estaria se desfazendo, inclusive, de estoques de livros didáticos e paradidáticos.
Durante a 5ª fase da Operação Calvário, em outubro de 2019, a força tarefa cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, inclusive na Grafset, além da prisão do ex-secretário Ivan Burity (Turismo), como resultado especialmente da delação do ex-assessor Leandro Nunes Azevedo. As investigações apontaram pagamento de propinas a agentes públicos e contratos superfaturados.
No curso das investigações, ainda na fase 2ª da Calvário, a empresa já havia sido citada, a partir de delação da ex-secretária Livânia Farias, como tendo pago propinas em contratos realizados pelo Estado. Segundo Livânia, no “ano de 2014 (ela) realizou um pagamento de R$950.000,00 em dinheiro a Ricardo Coutinho na Granja Santana” e “que o dinheiro repassado teve origem da empresa Grafset”.
A Grafset tem um dos melhores parques gráficos do Nordeste e é conhecida pela excelência de seus trabalhos. Também tem uma editora especializada em produzir livros como “A África está em nós”, dentre vários outros de circulação nacional. O seu proprietário, Wladimir Neiva, que também foi alcançado pela Calvário, já teria acertado os termos de uma delação premiada com o Gaeco.