Temer lamenta divulgação de carta confidencial e reafirma: “Impeachment tem lastro jurídico”
Agrava-se a crise entre a presidente Dilma e seu vice, Michel Temer. O que fez iniciar a moenda foi, obviamente, a carta de Temer a Dilma. Mas, os desdobramentos não tardaram. Um deles, o mais caliente das últimas horas, foi a revelação de que a carta, mesmo sendo confidencial e entregue “em mãos” a Dilma, foi deslealmente distribuída com a Imprensa.
Em tom de desabafo, Michel Temer externou ao jornal O Globo, através do jornalista Jorge Bastos Moreno, sua mágoa com a inconfidência da presidente. Diz: “Escrevi uma carta confidencial e pessoa à presidente da República. Tive o cuidado de mandar pessoalmente a minha chefe de gabinete entregá-la. Mais uma vez avaliei mal.”
Mais: “Desembarquei em Brasília agora à noite (segunda, dia 7) e me surpreendi com o fato gravíssimo de o Palácio (do Planalto) ter divulgado uma carta confidencial. Eu já tinha me decepcionado quando os ministros Edinho Silva e Jaques Wagner divulgaram versões equivocadas do meu último encontro com a presidente, me deixando mal jurídica e politicamente.”
Arremate: “Eu havia sido comunicado pelo Eduardo Cunha que ele acolheria o pedido de impeachment. Reconheci seu direito de fazê-lo e depois o ministro Jaques Wagner colocou na minha boca a afirmação de que a decisão não tinha lastro jurídico. Constrangido, tive que desmenti-lo. O acolhimento tem sim lastro jurídico.”
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