TEMPESTADE PERFEITA… PDT desembarca do Governo com demissão de Lupi pós escândalo do INSS e Lula vai pra… Rússia

O Governo Lula não vem experimentando exatamente um bom momento. Parece uma tempestade perfeita. De prima, os principais institutos de pesquisa tem demonstrado queda de popularidade do petista e aumento da rejeição à sua gestão.

Na sequência, presidentes do PSD (Gilberto Kassab) e Ciro Nogueira (Progressistas), além de setores do União Brasil vêm sinalizando pessimismo com seu projeto de reeleição, afirmando que, a preço de hoje, seria batido por adversários de outras legendas mais ao Centro.

O presidente tentou, a partir dai, recompor a sua popularidade, defendendo o projeto de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, também passou a defender a mudança na jornada de trabalho dos atuais 6 dias de trabalho por um, para cinco por dois dias de descanso.

Incluiu ai a redução no preço do diesel, porém, antes que a fórmula do ministro Sidônio Palmeira (Comunicação Social) pudesse fazer algum efeito, eis que o Governo foi atingido frontalmente pelo mega escândalo do INSS, que começou com “meros” R$ 6,3 bilhões e já passa dos R$ 90 bilhões.

A mudança no comando do INSS e também do Ministério da Previdência, tirando Carlos Lupi, eis que o partido do ex-ministro, o PDT, decidiu apear da base governista. Ora, O PDT era um dos alicerces mais à esquerda, ao lado do próprio PT, PSol e PSB. Foi um duro golpe. São “apenas” 17 deputados, mas o caso tem um poderoso efeito simbólico.

Diante do atual cenário, o presidente Lula vai ter que se ancorar ainda mais em partidos do Centrão, que, obviamente, vão cobrar uma fatura mais alta para manter um mínimo de governabilidade. Só um exemplo: o preço de não instalarem a CPI do INSS será altíssimo. Talvez uma grande fração do próprio escândalo.

Em meio a tudo isto, Lula vai para a… Rússia. Nada pode ser pior do que sua ausência num momento em que precisa, desesperadamente, de articular uma resistência mínima à crise que enfrenta. Dá a impressão de que, ou não se dá conta do perigo, ou desdenha e prefere tercerizar um remédio via Supremo Tribunal Federal.