Termina bem para o governador no TCE com aprovação de suas contas, mesmo com voto contrário do MP. E foi de lapada
Sem surpresas na votação das contas de 2014 do governador Ricardo Coutinho. Se a procuradora-geral do Tribunal de Contas do Estado, Sheyla Barreto Braga, recomendou a sua desaprovação, o mesmo entendimento não teve os conselheiros, a partir do relator da matéria, Nominando Diniz. Em seu voto, Nominando sugeriu a aprovação das contas, em seu voto de 25 minutos, imputando uma multa de apenas R$ 7 mil ao governador.
Na sequência, o conselheiro Arnóbio Viana seguiu o entendimento do relator. Já o conselheiro Fernando Catão estranhou o aumento no valor dos gastos com codificados, argumentando que esse mesmo aumento não beneficiou também os demais servidores do Estado. Também observou problemas com o fundo previdenciário. Mas, Catão se julgou suspeito para votar.
Em seguida, os conselheiros Fábio Túlio Nogueira, André Carlos Torres e Marcos Antônio da Costa acompanharam o relator. Foi como o próprio governador afirmou há poucos dias referindo-se aos adversário, preparando-se para aspróximas disputas: vai ganhar de lapada.
Sem sobressalto – Portanto. A regra no TCE tem sido auditores e o MP votarem pela desaprovação, enquanto os conselheiros deliberam pela aprovação. O que leva a uma indagação: de que vale, afinal, o trabalho dos auditores e procuradores do Ministério Público? Resumo da ópera: quem apostava em sobressalto na apreciação das contas do governador, vai ter que esperar.