TERRITÓRIO LIVRE Juíza revoga prisão de Lauremília e sua assessora detidas no último sábado
A juíza Lúcia Ramalho (64ª Zona Eleitoral de João Pessoa), converteu a prisão preventiva da primeira-dama Lauremília Lucena e de Tereza Cristina, sua assessora, em medidas cautelares. Com isso, elas devem deixar a Penitenciária Júlia Maranhão, de Mangabeira, nas próximas horas.
Em seu despacho, a magistrada pontuou: “Constato que as investigadas são primárias, possuem residência fixa e ocupação lícita, além de que, constituindo advogados, demonstram comprometimento com a Justiça, não contribuindo com a destruição de provas, estas já devidamente coletadas por ocasião do cumprimento dos mandados de busca e apreensão em suas residências.”
Como antecedente de sua decisão, vale registrar que, na tarde dessa segunda-feira (30/09), o Tribunal Regional Eleitoral decidiu mudar o relator para a apreciação de um Habeas Corpus manejado pelos advogados de Lauremília, e que pedia a sua soltura. Assim, a relatoria passou para o juiz Sivanildo Torres Ferreira. E a decisão foi adiada.
Durante a sessão, o advogado Walter Agra, elogiou a celeridade da Justiça Eleitoral, mas destacou que a primeira-dama já estava há 48 horas sem uma análise do HC, alertando que a sua cliente precisava de uma resposta da Justiça, diante da gravidade da situação, com a supressão de liberdade.
Cautelares – Lauremília e sua assessora Cristina irão cumprir algumas medidas cautelares, como proibição de frequentar o Bairro São José e órgão públicos da Prefeitura de João Pessoa, de manter contato com os demais investigados, de ausentar-se da Comarca de João Pessoa por mais de 8 dias sem comunicação prévia a este juízo e o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, das 20 horas às 6 horas da manhã;
Elas foram presas pela Polícia Federal, no último sábado (28), na fase III da Operação Território Livre para combater o crime de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais.